Sabedorias
Eu e Pangur Bán, o meu gato,
temos um tarefa semelhante:
Caçar ratos é a sua delícia.
Caçar palavras a minha.
Em vez do elogio dos homens,
Sento-me com o livro e a pena;
Pangur, entregue às suas habilidades,
Não me leva a mal.
É uma alegria ver como
As nossas tarefas nos contentam
Quanto nos sentamos e
Entretemos os nosso espíritos.
Muitas vezes um rato extraviado
Mete-se no caminho do herói Pangur,
Também a teia dos meus pensamentos
Captam um significado profundo.
Ele fixa os olhos na parede,
Penetrantes e espertos;
Eu tento a minha pequena sabedoria
Na parede do conhecimento.
Oh, como o Pangur fica contente
Quando um rato sai do seu buraco!
Oh, que alegria eu sinto
Quando resolvo as dúvidas que amo!
Assim nos dedicamos às nossas tarefas,
Encontrando nas nossas artes
A nossa beatitude,
Eu tenho a minha e ele tem a sua.
Praticar todos os dias tornou
Pangur perfeito no seu ofício;
Eu obtendo sabedoria dia e noite,
Transformando a escuridão em luz.
Pangur Bán
Monge Irlandês (Séc. VIII)
(Novas histórias de gatos)
Asa Editores
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